“A população beneficiada sabe o quanto avançamos, afirma João Alves Filho
Da redação, AJN1
Em entrevista à Agência Jornal de Notícias (AJN1), o candidato à reeleição à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), João Alves Filho (DEM), que tem agora como vice o vereador Jailton Santana (PSDB), apresenta as propostas para um segundo mandato e aponta a crise financeira e a falta de apoio dos governos federal e estadual como as principais dificuldades enfrentadas na sua gestão.
João Alves Filho, 75, é aracajuano e engenheiro civil. Em 2012 foi eleito prefeito de Aracaju com 159.668 votos, o que correspondeu a 52,72% dos votos válidos. Antes já havia administrado a cidade no período de 1975 a 1979. Por três vezes, governou o Estado de Sergipe (1983-1987; 1991-1994; 2003-2006) e foi ministro do Interior no governo José Sarney (1985-1990).
AJN1 – Por que o povo aracajuano deve lhe confiar um novo mandato?
João Alves Filho – O trabalho que fiz em Aracaju já prova o meu comprometimento com o desenvolvimento da cidade e com o bem-estar da população. Nos últimos três anos e meio, durante o governo Dilma, encontrei muita dificuldade para pôr em prática alguns projetos e, infelizmente, não consegui realizar tudo aquilo que pretendia executar e o que a nossa cidade merece. Mas ainda assim, mesmo diante das limitações, nem eu e nem a minha equipe deixamos de fazer o meu melhor por Aracaju. Nossa capital merece seguir com os projetos que idealizamos e muitos foram executados. Por isso, eu acredito na confiança do povo de Aracaju para fazer com que essa continuidade aconteça e a cidade passe a ser um local cada vez melhor, porque eu não meço esforços para executar o que prometi. Por isso, busquei incansavelmente apoio tanto do governo federal quanto estadual, infelizmente sem sucesso. Mesmo assim, eu tenho a convicção que o povo de Aracaju viu todos os pontos em que avançamos, fizemos e faremos mais e mais. Por isso, estou pronto para administrar Aracaju novamente. Não adianta candidato dizer que vai fazer isso, aquilo, porque já fazemos. E o povo de Aracaju é inteligente, sábio e tem a convicção das minhas ações por uma Aracaju que amo. Desta forma, eu, João Alves Filho, fiz, faço e farei. Não é ético dizer que não faço, porque a população beneficiada sabe o quanto avançamos. E é essa confiança que tenho no eleitorado de Aracaju.
AJN1 – Durante a campanha, o eleitor tem se acostumado a ouvir propostas que após a eleição são esquecidas. Se reeleito, quais são as suas prioridades? Qual o planejamento para se pôr em prática o que está sendo proposto?
JAF – As minhas prioridades são as de que todo cidadão tem direito garantido a educação, saúde, segurança e moradia. E tem uma área em especial que investi muito e pretendo continuar a investir, a Educação. Fiz questão de pagar o Piso Salarial Nacional do professor em todos os níveis. Investimos em material, valorização do professor e acesso aos melhores métodos educacionais, pretendemos continuar, porque sem educação uma sociedade não avança. E o funcionalismo público merece toda a nossa dedicação, fizemos muito e vamos fazer muito mais. Na Segurança é inquestionável o trabalho excepcional da Guarda Municipal no dia a dia da população e nos terminais de ônibus. Nós somos referência nacional. Na Saúde também melhoramos, não falta mais medicamentos, combatemos incansavelmente a dengue atuando em 360 pontos estratégicos, totalizando 3. 378.528 atendimentos domiciliares, obtivemos o mais baixo índice de contaminação do país, implantamos o horário estendido, uma aprovação da população que iremos ampliar. Tudo que fizemos que deu certo, vamos ampliar, porque o que importa é a satisfação da população. No que se refere ao planejamento é adequar as finanças do município, porque, por exemplo, sofremos constantes quedas em um dos maiores repasses Federais que é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e essa diminuição afeta diretamente os nossos investimentos. Eu penso que uma das saídas para esse problema poderia resolver a questão da melhor repartição do ICMS na origem e no destino. Mas é importantíssimo ressaltar que mesmo com todas as dificuldades nas contas públicas conseguimos fazer muitas coisas em prol da população, apesar da triste realidade que foi no atraso no pagamento de salários. Acredito que agora, por termos mais acesso a esse novo governo, será possível discutir medidas e reduzir despesas, para assim encontrarmos uma solução voltada na regularidade dos salários dos servidores, por exemplo. E muito mais para o bem dos aracajuanos.
AJN1 – A saúde tem sido um problema grave em todo o país e em Aracaju não é diferente. O que fazer para melhorar a prestação deste serviço a população? Por onde começar?
JAF – Sem sombra de dúvidas a saúde é uma questão delicada, mas é um setor que como eu disse avançamos muito, implantamos a biometria nos hospitais Nestor Piva e Fernando Franco consulta médica com agendamento eletrônico, diminuímos a fila de espera que encontramos para as consultas. Além disso, a nossa meta é a construção de 12 novas unidades básicas de saúde, aumentar o número de postos de saúde com o horário de atendimento estendido para 20, porque hoje são dez. Vamos contratar profissionais para compor as novas equipes de especialidades e ampliar o Nestor Piva para atender de forma satisfatória a demanda da população. Além disso, todos os projetos já em andamento, ou que ainda estão no papel, terão continuidade em nossa futura gestão, em especial a maternidade do bairro 17 de março que será de grande relevância, principalmente, para aquela comunidade. Nós já iniciamos as obras no local, mas de forma paulatina. Isso porque nós tivemos problemas financeiros e operacionais devido ao atraso do repasse de R$ 800 mil que eu pleiteei junto ao ministério da saúde para a conclusão da obra durante a gestão do PT, mas não obtive êxito. Entretanto, com o novo governo que se inicia, já começo a receber sinais positivos de que as nossas demandas para a saúde serão atendidas, com a mercê de Deus. Porque a falta de recurso me deixa triste, mas não prejudica João Alves, prejudica os aracajuanos.
AJN1 – Aracaju tem carência de creches. Como o Sr, pretende resolver este problema? Na Educação existe algum projeto para escola em tempo integral? A falta de segurança tem sido um problema enfrentado em várias unidades de ensino. Há algum plano de ação para neste sentido?
JAF – Nós projetamos a melhoria das nossas creches, mas sabemos que os pais e mães de família precisam de um lugar seguro para poderem ir trabalhar enquanto seus filhos aprendem e são acolhidos e cuidados da melhor forma. Mas veja bem, nós já colocamos em prática alguns projetos que incentivam a permanência dos alunos nas escolas, seja em sala de aula ou fora dela, apesar de não ser um regime de tempo integral. Um dos melhores exemplos é o Laborart, que consiste em atividades de dança, desenho, pintura, modelagem e teatro, que acontecem em turno contrário ao que os alunos estão em sala de aula. Além disso, garantimos uma merenda escolar de alta qualidade para os alunos em todas as unidades, que seguem os padrões estabelecidos pelos nutricionistas do Ministério da Educação. Para os nossos jovens, nosso foco primordial é a alfabetização, onde crianças já começam a ler e a escrever a partir dos 6 anos de idade. Desde 2013, quando assumi a prefeitura, não poupei esforços para transformar a educação de Aracaju em uma das melhores do país, e estamos no caminho certo. Prova disso é que Aracaju possui hoje o terceiro melhor crescimento do Ideb do norte-nordeste, façanha nunca antes alcançada. Para isso acontecer nós criamos projetos que mudaram a realidades de muitos jovens, atividades que tiram crianças e adolescentes da ociosidade e os trazem para a escola com interatividade. A segurança nas unidades de ensino, a Guarda Municipal já faz um trabalho educativo e nossa proposta é aumentar essa noção de cidadania sem violência, respeitando o professor e nas imediações das escolas garantir mais efetivo da guarda municipal.
AJN1 – Na questão do transporte coletivo, usuários reclamam da prestação do serviço e dos constantes assaltos. Como solucionar este problema? Quais as ações para melhorar a mobilidade urbana na capital?
JAF – Houve um mal-entendido no que se refere ao BRT. As pessoas costumam acreditam que o BRT que prometi é um projeto rápido para ser implantado, não, não é. Precisamos seguir os trâmites burocráticos, para implantar o sistema de transporte coletivo de passageiros que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável, segura e eficiente que já está em fase de licitação. o projeto foi aprovado pela Caixa Econômica Federal e as licitações do vídeo monitoramento, da central integrada de operações, do GPS, da rede wi-fi e dos semáforos inteligentes já foram publicadas. As linhas serão redesenhadas de acordo com as necessidades do povo e as possibilidades do BRT de acordo com a logística estrutural. Todos terminais que temos hoje serão reformados (os projetos estruturais e arquitetônicos já estão prontos) e serão criados outro terminal na rotatória do conjunto Orlando Dantas e estações de BRT pela cidade. O novo terminal do Orlando Dantas dará suporte ao terminal do Distrito Industrial de Aracaju (DIA), que por sua vez será ampliado e contará com duas plataformas de 200×200 metros cada. Todos os veículos do sistema serão modernos, confortáveis, climatizados e com capacidade para 150 passageiros. O intervalo, nas estações, entre os veículos de uma mesma linha, será de no máximo sete minutos. Os usuários poderão monitorar os horários da linha que deseja por meio de um aplicativo de celular que será apresentado à população.
AJN1 – Existe algum projeto habitação na capital? Como vai funcionar?
JAF – Não temos dúvida que este é um dos projetos prioritários para os aracajuanos. O déficit da habitação é algo que conheço bem, sei o que sofre uma pessoa por não ter sua moradia garantida e numa das primeiras oportunidades que tiver com o presidente Temer irei pedir suporte do governo federal para recuperar esta situação. De nada adianta, neste momento difícil alimentar desejos e necessidades quando sabemos que sem a ajuda do governo federal dificilmente poderemos atender a todos.